“Segundo Freud, pioneiro da psicanálise(1),
ninguém se apaixona pela razão(2), mas quem conseguiria manter um
relacionamento sem uma comunicação favorável(3)? Os(4) dados do IBGE mostram
aumento significativo nas taxas de divórcio. Esses índices foram acarretados(5)
pelo fato de que ninguém quer passar o resto da vida com uma pessoa insipiente(6),
que não tenha um pouco da genialidade do Padre Vieira(7), escritor Barroco(8).”
(1)
Esclarecimento desnecessário.
(2)
Ambiguidade.
O aluno dá a entender que a razão é o objeto da paixão, e não o referencial que
ele está contestando; o vocábulo “pela” pode ser substituído por “segundo” ou “com
base na”.
(3)
Falta de clareza
na articulação das ideias. O aluno defende que a escolha racional do parceiro
amoroso favorece a comunicação entre os amantes, mas faz isso de forma obscura.
(4)
Inadequação
morfológica.
Os dados não foram mencionados antes; logo, não cabe o emprego do artigo
definido.
(5)
Imprecisão
semântica.
Os índices não “foram acarretados”; eles “refletem”, “mostram”.
(6)
Generalização. Pode haver quem
queira passar o resto da vida com uma pessoa ignorante. O aluno não pesquisou (nem
poderia...) para concluir o contrário.
(7)
Comparação despropositada.
Para
não passar por ignorante, ninguém precisa ter um pouco (quanto?) da genialidade
do Padre Vieira!
(8)
Grafia
inadequada.
Como adjetivo, o vocábulo “barroco” deve ser escrito com letra minúscula.