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sábado, 9 de dezembro de 2017

Parágrafo confuso. Entenda por quê.

“Segundo Freud, pioneiro da psicanálise(1), ninguém se apaixona pela razão(2), mas quem conseguiria manter um relacionamento sem uma comunicação favorável(3)? Os(4) dados do IBGE mostram aumento significativo nas taxas de divórcio. Esses índices foram acarretados(5) pelo fato de que ninguém quer passar o resto da vida com uma pessoa insipiente(6), que não tenha um pouco da genialidade do Padre Vieira(7), escritor Barroco(8).” 
  
(1) Esclarecimento desnecessário. 
(2) Ambiguidade. O aluno dá a entender que a razão é o objeto da paixão, e não o referencial que ele está contestando; o vocábulo “pela” pode ser substituído por “segundo” ou “com base na”.
(3) Falta de clareza na articulação das ideias. O aluno defende que a escolha racional do parceiro amoroso favorece a comunicação entre os amantes, mas faz isso de forma obscura.
(4) Inadequação morfológica. Os dados não foram mencionados antes; logo, não cabe o emprego do artigo definido.
(5) Imprecisão semântica. Os índices não “foram acarretados”; eles “refletem”, “mostram”.
(6) Generalização. Pode haver quem queira passar o resto da vida com uma pessoa ignorante. O aluno não pesquisou (nem poderia...) para concluir o contrário. 
(7) Comparação despropositada. Para não passar por ignorante, ninguém precisa ter um pouco (quanto?) da genialidade do Padre Vieira!   
(8) Grafia inadequada. Como adjetivo, o vocábulo “barroco” deve ser escrito com letra minúscula.

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