“Diante de casos extremos, deve-se haver uma conscientização de que ser diferente é bonito.” (Redação de aluno)
Vez por outra me deparo nas redações com a presença de um “deve-se haver”. Esse tipo de construção fere a norma culta, pois quando o verbo “haver” significa “existir” é impessoal; logo, não admite a presença da partícula de indeterminação do sujeito.
O desvio certamente se explica por o aluno confundir o verbo “haver” com o verbo “ter” -- este, sim, capaz de receber a partícula. Do cruzamento entre “deve haver” e “deve-se ter”, resulta uma terceira forma, anômala, “deve-se haver”.
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