“O problema está no mau uso da imprensa para invadir a privacidade do outro.”; “Portanto, é preciso a pessoa ter cuidado com o que vai publicar em redes sociais e não fazer nada de errado que possa comprometê-la.” (Redações de alunos)
Nos períodos acima, os alunos dão a entender, respectivamente, que é tolerável o mau uso da imprensa para outra coisa que não seja transgredir a privacidade do outro; e que é admissível a pessoa fazer algo de errado nas redes sociais, desde que isso não a comprometa.
Os responsáveis por essa interpretação são os adjetivos “mau” e “(de) errado”, que constituem um redudante juízo negativo. Invadir a privacidade alheia constitui por si um mal, e não precisa que se reitere isso; da mesma forma, se a pessoa se compromete com o que publica nas redes sociais, tal fato já constitui um erro. Retirando-se os adjetivos, desfaz-se a ambiguidade.
Eis as frases corrigidas: “O problema está no uso da imprensa para invadir a privacidade do outro.”; “Portanto, é preciso a pessoa ter cuidado com o que vai publicar em redes sociais e não fazer nada que possa comprometê-la.”
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