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domingo, 10 de fevereiro de 2013

A ambiguidade pode prejudicar a clareza

           “Encontrado crânio de rei inglês sumido há 500 anos.” (Portal Uol)

          A ambiguidade é a dualidade de sentido. Deve ser evitada quando prejudica a clareza do texto, como em: “Deixei-a feliz” (quem ficou feliz?), “Pedro encontrou a mulher rindo” (pode-se entender que qualquer um dos dois ria), “Não foi contratado por imposição do chefe” (não houve contratação ou, no caso de ter havido, o chefe não a impôs). 
 
          A ambiguidade constitui um recurso retórico quando se condensa mais de um sentido em determinado vocábulo. Esse recurso é muito usado na publicidade, como se vê neste slogan de uma marca de celulares: “Nokia -- o mundo todo só fala nele” (fala “sobre” ele e fala “por meio” dele).

          Na frase que abre o tópico, ocorre ambiguidade sintática -- também chamada de anfibologia. O adjunto “sumido” pode se referir tanto a “crânio”, quanto a “rei”. É possível desfazer o equívoco escrevendo, por exemplo: “Encontrado crânio sumido há 500 anos que pertenceu a rei inglês”.

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