“A
respeito dos refugiados, a ONU deve pensar numa maneira melhor de absorver a
enorme demanda e que mantê-los em seus países e negar abrigo, é praticamente
negar suas vidas.” (Redação de aluno)
Na
passagem acima, há quebra de paralelismo. O aluno coordena caoticamente os dois
objetos diretos do verbo “pensar”. O primeiro, por meio de um substantivo: “numa
melhor maneira”; o segundo, por meio de uma oração (à qual, a propósito, falta
a preposição “em”): “e (em) que mantê-los em seus países e negar abrigo é praticamente
negar suas vidas”. Além disso, separa por vírgula os sujeitos oracionais da
segunda oração objetiva direta.
A
melhor maneira de resolver o problema é manter o primeiro objeto direto e substituir
“em que” pelo conectivo “pois”, transformando em explicação o que é um forçado
e artificial complemento verbal. E por que não ser direto e apresentar logo “a
ONU” como sujeito?
Eis
a frase corrigida: “A ONU deve pensar numa maneira melhor de absorver a enorme
demanda dos refugiados, pois mantê-los em seus países e negar abrigo é
praticamente negar suas vidas.”